A vida, como EU a vejo...

A vida, como EU a vejo...
Eu, minhas contradições. E a descoberta do Amor.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A banalização do amor ..



(...) Pelo que me recordo foi em um sábado de verão... Um casal pediu uma mesa logo ao meu lado, e durante meu cappuccino que sempre tomo antes de abrir o tablóide, contudo naquela manhã não consegui me compenetrar nas noticias que a folha me descrevia, fato que se deve a um dialogo complexo que ali se passava.
O jovem casal tinha um leve cheiro de orgia que era brutalmente sufocado pelo ar de “ressaca” que de seus esporos brotavam, todavia mais perturbante que isto era as palavras que pronunciavam claro e abertamente a todos que ali quisessem ouvir.
Ambos falavam de amor como um sentimento fútil e descartável, enquanto isso por meu telencéfalo passava a seguinte questão: Como algo tão tênue e singelo que poetas e santos levaram suas vidas para descrever se tornou tão banalizado?
Enquanto isso ela questionava a ele se o amaria da mesma forma como se “amaram “na noite passada quando por sol atingisse o topo do céu?
Mais do que frustrado pela cena que ali presenciei, me ausento de súbito o recinto deixando sobre a mesa a gorjeta do garçom e meu jornal matinal.
Por dias prendi minhas horas naquela cena. O ato maior que pode se manifestar por semelhante meramente comercializado. Onde ficou a entrega total? O ato de fazer com que o outro se sinta feliz apenas de saber que alguém esta ao seu lado?
Durante alguns meses estas incógnitas perambularam por minha mente, até que em uma manhã gélida de agosto uma senhorita pede licença e sentasse a minha mesa, conversamos sobre a vida e como os dizeres da mesma se transpassa em nossa estória. Neste momento com lagrimas nos olhos a mesma me diz: ... e aqueles que duvidam da força do amor um dia se verão rendidos aos impactos de uma vida desgarrada de valores ...
Então pude perceber que ao longo dos dias que minha mente martelava insistentemente a questão do amor sublime, a vida ensinava aquela jovem os verdadeiros traços de um sentimento que pode mover montanhas, céus e terras, mas que acima de tudo pode transformar a vida de qualquer mortal.
E isto me fez repousar ...
                                                           (Texto retirado da internet)

Antes a inquietação de um amor, 

do que a paz de um coração vazio.

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