Outro dia chegou no meu estabelecimento comercial um certo casal, que sempre prendia a minha atenção, por uma fração de segundo, mais eu nunca havia parado para observar o que tinha de especial neles. Sabe como é né, quando temos um amor mau resolvido, sempre evitamos casais felizes, pelo simples fato de nós causar um vazio horrível, que sufoca tudo dentro da gente, até parecer que não sobrou nada, além do próprio vazio, angustiante. Mais na quele dia, não sei por que, eu me peguei observando eles, de certo não era um casal que se encaixava no padrão de beleza estabelecido pela sociedade, mais tinha algo de encantador neles, talvez a forma como sempre buscavam se tocar, ou a cumplicidade. Porém tinha algo a mais, no exato momento em que seus olhos se cruzarão, suas feições se suavizaram, para algo terno e muito muito doce..." Então eu pensei estão apaixonados mais que bonitinho". Foi então que eu cheguei a conclusão, de que era aquele jeito de se olharem, que me chamou atenção tantas vezes, e mais eu conhecia aquele olhar, eu sabia o que aquele olhar indignificada, não era paixão, não não era, era algo infinitamente melhor.
Que só sabe mesmo quem já sentiu, pode até ser um clichê, não me importo, mais é algo inexplicavelmente, sem explicação, eu poderia passar o resto da vida aqui tentando explicar e não chegaria a nenhuma conclusão que fosse satisfatória para mim, imagine para os outros.
Em fim, que o amor é um sentimento inexplicável todos já sabemos, e esse não era mesmo o meu objetivo ao escrever esse texto hoje. O que eu queria falar era daquele casal da ternura mutua entre os dois, daquele olhar que era evidentemente, bem mais que paixão era amor. E queria falar de como eu me senti bem ao observa los. É, o amor existe gente, embora ajam contro-vessas. Embora aja momentos em que se torna infinitamente impossível acreditar, eu mesma já duvidei tanto só esse mês, não só amor entre um homem e uma mulher, mais também em todos os outros tipos de amor, as pessoas não amam mais essa é a verdade, embora amar esteja na moda. O que vejo é um bando de desorientados magoando uns aos outros mutualmente, eles passam pelo amor mais não reconhecem, tentando inutilmente se encaixar em contos de fadas e seus derivados. E tem mais não se olham mais nós olhos, pois um dia disseram a eles "Que os olhos são os espelhos da alma', e eles temem não ver o que esperam ver, o tal do amor puro e simplesmente complicado, que todo o mundo fala. E foi isso que eu mais admirei nós dois, eles se olhavam e se reconheciam, eles reconheciam o amor deles um no outro, esse reconhecimento brilhava neles como o nascer do sol. E isso me fez voltar ao meu próprio amor, eu nos reconheci neles, e por um instante eu senti como se ele estivesse ali comigo, me olhando e se vendo em mim, eu senti o calor das suas mãos se enlaçando nas minhas mãos, vazias.
Bom tenho que dizer que essa parte da historia foi patética, sem perceber eu tinha fechado os olhos. E imagine a cena eu parada de olhos fechados sorrindo...
Quando abri meus olhos o casal do qual eu mim inspirei para escreve este texto, estavam olhando diretamente para mim, suas feições alternavam entre curiosidade e diversão.
Vamos subtrair essa ultima parte pessoas, por que amar é isso (e tantas outras coisas) não importa a quanto tempo você esta longe, quando amamos é como se a noção de tempo não existisse, pois sempre que algo o trouxer a superfície de seu coração e seus pensamentos a lembrança da pessoa, sempre voltaremos aquele lugar e aquele sentimento, o amor não se perde ele fica pra sempre dentro da gente estou certa disso, e para mim é isso que diferencia o amor de outros sentimentos e emoções.
Srtª Tâmires
Obs: Eu sei, eu sei...
Eu prometi não falar mais daquele amor, mais como eu disse:
"O amor não se perde".
E tem mais, a gente só oferece o que tem, e eu tenho um amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário