Vivo em um lugar distante, onde provavelmente ninguém que leia esse texto conheça. Lugar onde o dia passa devagar, e as pessoas ainda se importam com que você veste. Não que isso seja um problema, já faz um tempo que aprendi a ignorar isso.
Adoro cantar no espelho, colar coisas fofas na parede e fingir que não me importo com o fato de eu nunca ter vivido um sentimento até o fim. Ser clichê é divertido, e admitir isso mais ainda. Mas infelizmente, minha descrição não acaba nessa frase. Por dentro me sinto diferente do resto do mundo: Tenho um coração que funciona ao contrário. Acho que preciso de um manual “Como não esquecer um cara em cinco dias”,
será que existe? Nunca encontrei.
Não brinco com os homens, apenas não desobedeço meu coração. Gosto de intensidade, mas odeio falta de liberdade. Quando percebo minhas borboletas estão entrando em extinção, abro minhas enormes e brilhantes asas invisíveis e saio voando por aí. Acho que a maioria dos caras, são tão imaturos.
Aí depois volto, relembro, e me esqueço.
Guardo os ursinhos que ganhei até hoje, e durmo com eles toda noite. E se quer saber, a maioria deles cheira bem, diz “eu te amo” com um abraço, e a melhor parte, não cobram ou esperam nada por isso.♥
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