A vida, como EU a vejo...

A vida, como EU a vejo...
Eu, minhas contradições. E a descoberta do Amor.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012












2012
Finalmente acabou.





Feliz livro novo



“Quando 2012 começou, ele era todo seu. Foi colocado em suas mãos... Você podia fazer dele o que quisesse... Era como um livro em branco, e nele você podia colocar um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração. Podia... Hoje não pode mais; já não é seu. É um livro já escrito... Concluído. Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes, e você não poderá corrigi-lo. Estará fora de seu alcance. Portanto, reflita, tome seu velho livro e o folheie com cuidado. Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência; faça o exercício de ler a você mesmo. Leia tudo... Aprecie aquelas páginas de sua vida em que você usou seu melhor estilo. Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito. Não, não tente arrancá-las. Seria inútil. Já estão escritas. Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que lhe será entregue. Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins. Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superfície do seu mundo. Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o. Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir, coloque-o nas mãos do Criador. Não importa como esteja... Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras: Obrigado e Perdão! Em 2013, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco todo seu, no qual você irá escrever o que desejar... feliz livro novo!” 

— Autor desconhecido

sábado, 29 de dezembro de 2012

Dessa vez não vou mentir



Dessa vez não vou mentir, não vou simplesmente dizer que está tudo bem, porque não está nada bem. Admito que estou perdida, não sei à quem recorrer, à quem procurar, com quem irei desabafar. Talvez seja disso que estou precisando, de alguém que esteja comigo e que não me abandone como todos que um dia disseram permanecer ao meu lado, e como previsto, não permaneceram. Eu não sei mais o que fazer, não sei mais o que fazer pra voltar ao normal, se é que algum dia minha vida foi normal. Tudo isso tem me consumido muito. Preciso de um colo pra desabar, de alguém que esteja disposto a me ouvir, me entender, me abraçar e dizer que tudo irá ficar bem, e eu espero que fique mesmo. Não quero que me julguem, porque eu sei melhor que ninguém o que estou passando, e não é tão fácil quanto parece. Isso dói, e como dói. Não consigo sequer descontar a minha dor em lágrimas, elas já secaram faz tempo, já estou anestesiada, E meu sorriso continua estampado, escondendo a minha dor, a minha insegurança, os meus receios, do mesmo jeito que tampei meus pontos fracos, escondendo a minha fraqueza, meu desespero… Ninguém se importa, ninguém precisa saber, então guardei o meu “drama” pra mim, apenas. Estou sufocada com tudo isso, com tudo que há tempos venho ocultando, escondendo, disfarçando… Não é tão simples quanto parece, acredite. Sei que também sou culpada de grande parte desse sofrimento, eu o provoquei também, e me arrependo. Me desculpe por ser tão errada, por agir impulsivamente, por não ter noção dos estragos que meus atos podem provocar. No fundo, bem no fundo mesmo, acho que o problema está em mim. Não são as pessoas que me decepcionam, sou eu quem espera muito delas. Não são as pessoas que me fazem sofrer, sou eu quem sofro por qualquer bobagem. Não são as pessoas que se afastam de mim, sou eu quem as obriga a se afastarem. Não são as pessoas que me fazem chorar, sou eu quem chora por qualquer porcaria. Não são as pessoas que me amam errado, sou eu quem acredita demais no amor verdadeiro. Quer saber, talvez, eu seja o meu maior problema.


“Quando vou ver, já contei minha vida pra primeira pessoa que me deu um pouco de atenção. Já tô rindo alto no restaurante porque não me controlei e fiquei feliz demais. Já escrevi um texto sobre o fulaninho da terça passada… E quando vou ver, lá se foi a mulher misteriosa que eu gostaria tanto de ser. 
Porque eu jamais poderia ser uma.”

— Tati Bernardi

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


Há eu olharia sim...

 Se e soubesse que iria gostar de você assim , não teria olhado nos teus olhos , visto teu sorriso .. Desviaria meus passos deixaria de lado a curiosidade de saber até mesmo teu nome...

 — Soulstripper


Há eu olharia sim...
Olharia agora se pudesse seus olhos seus sorrisos.
Jamais me desviaria da curiosidade de saber teu nome, teu gênio tudo teu, até teus adoráveis defeitos... 
Foi a melhor decisão que já tomei na vida, embora não tenha  tomado conscientemente.

-Srtª Tâmires- 

Constatando o obvio: A vida não nos espera.


"Quando 2013 começar, portanto, pretendo estar pronta, ou quase. Com alguns planos, pelo menos. Sabendo mais ou menos em que direção eu quero ir. Feliz pela possibilidade de começar de novo. Contente com o fato de que o caminho à frente responde aos anseios do garota que eu já fui. Disposta a fazer força e empurrar para que as coisas aconteçam. Sabendo que não é mais possível fazer tudo. 
Tendo a certeza, sobretudo, de que não adianta ficar parada, esperando. 
A vida não nos espera."

"Já não sei o que fazer com esses abandonos que se acumulam."

— Luara Quaresma

“Suponho que isso não seja nenhuma surpresa; ninguém tem uma história fácil. Ninguém passa pela vida sem dor e disso eu estou certo. O preço da alegria é a tristeza. O preço de possuir é perder. Você pode gemer e choramingar sobre isso e bancar a vítima, muitos fazem, mas é assim que as coisas são.”

(O Caminho - Richard Paul Evans)






Bobeira é não viver a realidade.

Cassia Ellen








quinta-feira, 27 de dezembro de 2012


Sabe quando vc sente tanta dor que não senti nada,
 que se sente incapaz até de se compadecer 
Das dores dos outros. 
Eu sei é muito egoísmo mais era exatamente
 assim que eu estava me sentindo.


“Finalmente, havia entendido que a presença de Deus está em todo lugar, em todos os momentos e é sentida, em um momento ou outro, por todas as pessoas.”

(The Last Song)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Alguém me perguntou sobre você...




Alguém me perguntou sobre você, o que eu podia dizer? Disse tudo que sentia, disse que você era o sol, que brilha, que ilumina, mas não pertence a um só alguém, disse que era estrela, que a gente olha o céu pra vê-la e ela continua bem ali, disse que tens um perfume que desperta um tal ciúme que nos faz enlouquecer, um beija-flor que nina as flores mas que deixa seus amores muito a desejar. E falei que era uma solidão que desperta um fascínio, mas quando a gente mais quer por perto, se encontra sempre sozinha. Disse que era um relâmpago iluminando uma escuridão, mas que era um perigo pra qualquer coração. Me perdoe se eu falei demais, só disse o que sentia, você é como o bem e o mal que caminham juntos todo dia.

Anotações insensatas



Mas não se pode agir assim, a amiga avisou no telefone. Uma pessoa não é um doce que você enjoa, empurra o prato, não quero mais. Tentaria, então, com toda a delicadeza possível, sem decidir propriamente decidiu no meio da tarde — uma tarde morna demais, preguiçosa demais para conter esse verbo veemente: decidir. Como ia dizendo, no meio da tarde lenta demais, escolheu que — se viesse alguma sofreguidão na garganta, e veio — diria qualquer coisa como olha, tenho medo do normal, baby.
Só que, como de hábito, na cabeça (como que separada do mundo, movida por interiores taquicardias, adrenalinas, metabolismos) se passava uma coisa, e naquele ponto em que isso cruzava com o de fora, esse lugar onde habitamos outros, começava a região do incompreensível: Lá, onde qualquer delicadeza premeditada poderia soar estúpida como um seco: não. E soou, em plena mesa posta.Tanto pasmo, depois. Sozinho no apartamento, domingo à noite. Todas as coisas quietas e limpas, o perfume adocicado das madressilvas roubadas e o bolo de chocolate intocado no refrigerador — até a televisão falar da explosão nuclear subterrânea. Então a suspeita bruta: não suportamos aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós. Afirmou, depois acendeu o cigarro, reformulou, repetiu, acrescentou esta interrogação: não suportamos mesmo aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós? Não, não suportamos essa doçura.
Puro cérebro sem dor perdido nos labirintos daquilo que tinha acabado de acontecer. Dor branca, querendo primeiro compreender, antes de doer abolerada, a dor. Doeria mais tarde, quem sabe, de maneira insensata e ilusória como doem as perdas para sempre perdidas, e portanto irremediáveis, transformadas em memórias iguais pequenos paraísos-perdidos. Que talvez, pensava agora, nem tivessem sido tão paradisíacos assim.
Porque havia o sufocamento daquela espécie de patético simulacro de fantasia matrimonial provisória, a dificuldade de manter um clima feito linha esticada, segura para não arrebentar de súbito, precipitando o equilibrista no vazio mortal. Cheio de carinho, remexeu no doce, sem empurrar o prato. Preferia a fome: só isso. Pelo longo vício da própria fome — e seria um erro, porque saciar a fome poderia trazer, digamos, mais conforto? — ou de pura preguiça de ter que reformular-se inteiro para enfrentar o que chamam de amor, e de repente não tinha gosto?
De onde vem essa iluminação que chamam de amor, e logo depois se contorce, se enleia, se turva toda e ofusca e apaga e acende feito um fio de contato defeituoso, sem nunca voltar àquela primeira iluminação? Espera, vamos conversar, sugeriu sem muito empenho. Tarde demais, porta fechada. Sozinho enfim, podia remexer em discos e livros para decidir sem nenhuma preocupação de harmonia-com-o-gosto-alheio que sempre preferira um Morrison a Manuel Bandeira. Sid Vicious a Puccini. A mosca a Uma janela para o amor, sempre uma vodca a um copo de leite: metal drástico. Era desses caras de barba por fazer que sempre escolherão o risco, o perigo, a insensatez, a insegurança, o precário, a maldição, a noite — a Fome maiúscula. Não a mesa posta e farta, com pratos e panelas a serem lavados na pia cheia de graxa — mas um hambúrguer qualquer para você que escrevo. Mas os escritores são muito cruéis, você me ama pelo que me mata com coca-cola no boteco da esquina, e a vida acontecendo em volta, escrota e nua. Não muito confuso, assim confrontado com sua explícita incapacidade de lidar com. A palavra não vinha. Podia fazer mil coisas a seguir. Mas dentro de qualquer ação, dentes arreganhados, restaria aquela sua profunda incapacidade de lidar com. Um instante antes de bater outra, colocar uma velha Billie Holiday e sentar na máquina para escrever, ainda pensou: gosto tanto de você, baby. Só que os escritores são seres muito cruéis, estão sempre matando a vida à procura de histórias. Você me ama pelo que me mata. E se apunhalo é porque é para você, para você que escrevo — e não entende nada.


Caio Fernando Abreu

Eu não quero mais esperar por dia nenhum. Eu não quero mais esperar. Achei que essa fase já tinha sido superada. Que seriam muitos dias sim, poucos dias não.
 Mas, a vida atropela os planos e muda a rotina de lugar. Eu entendo. Eu aceito. Mais por não poder fazer nada, que por ser uma pessoa compreensiva.
 Hoje, eu não sou uma pessoa compreensiva. Amanhã, quem sabe. O cansaço me consome.
 E eu queria poder parar de sentir, por um dia ou dois.

Não é meu, mas me pertence.








‎ Você optou pela vida com máscaras.
 Agora aproveite o teatro.







terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Escrevendo minha própria lei
Desesperadamente eu sei
Tentando aliviar
Tentando não chorar
Por mais que eu tente esquecer
Memórias vem me enlouquecer



Se procuro em minhas recordações os que me deixaram um sabor duradouro, se faço balanço das horas que valeram, sempre me encontro com aquelas que não valeram a pena.
(Exupéry)

Vivendo e aprendendo




Outra história com um outro rosto
Um outro beijo com o mesmo gosto
Era cedo e não podia dar certo
Lá vem um outro dia frio e encoberto

Agora veja o meu estado
Olhando o futuro e prevendo o passado
Como alguém que não sabe o que quer
Mentindo pra todos enquanto puder

Gritar!
Se foi um erro, eu quero errar sempre assim
Gritar!
Se teve um começo, que tenha fim

O tempo virou e me deu as costas
Outra pergunta com a mesma resposta
Os dias são sempre iguais
O mesmo filme em todos canais

Eu quero voar mas tenho medo de altura
O céu azul me dá tontura
Eu caio mas não chego ao chão
Estou certo, mas perdi a razão

Gritar!
Se foi um erro, eu quero errar sempre assim
Gritar!
Se teve um começo, que tenha fim

Vivendo e aprendendo a perder
Vivendo e aprendendo a esquecer (BIS)

Gritar!
Se foi um erro, eu quero errar sempre assim
Gritar!

Se teve um começo, que tenha fim (3x)

Capital Inicial

Eu quero ficar só

[Então seguirei
Meu coração até o fim
Prá saber se é amor
Magoarei mesmo assim
Mesmo sem querer
Prá saber se é amor
Eu estarei mais feliz
Mesmo morrendo de dor, yeah!
Prá saber se é amor
Se é amor

Wooou!]

-Jota Quest-



“Um dia enxugarei todas as lágrimas de seus olhos 
e afastarei de você toda a dor que tenha sofrido nesta terra”
— Apocalipse 21.






‎"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."

(Isaías 9:6)

A verdadeira razão do Natal ! JESUS!
Feliz Natal a todos!





domingo, 23 de dezembro de 2012



"Amor, o que é o amor ? Não creio que se possa realmente pôr em palavras. Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e tristezas. Isso pode incluir o amor físico. Você compartilhar alguma coisa, dar alguma coisa e receber algo em troca, seja ou não casada, tenha ou não um filho. Perder a virtude não importa, desde que você saiba que, enquanto viver, terá ao lado alguém que a compreenda e que não precisa ser dividido com ninguém mais" - 
(O Diário de Anne Frank)




"Não quero pensar, 
não quero fazer planos, 
não quero criar expectativas. 
Quero apenas que os dias passem."

(William Shakespeare)







“- Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vezes! 
Quando a gente está muito triste, gosta de admirar o pôr do sol… 
- Estavas tão triste assim no dia em que contemplaste os quarenta e três vezes?”

(O Pequeno príncipe)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Sou cheia de fases como a lua, tem dias que estou com meias vontades, parece que esta faltando uma outra metade, em outras me sinto completa- fico cheia de si, tem dias que me sinto nova - quero conquistar o mundo e em outros não consigo me auto abraçar, tem dias que o brilho do meu sorriso ilumina minha alma, em outros os tons de cinzas tentam me derrubar, mas eu insisto levanto a cabeça porque sei que tenho fases mas em todas elas não deixo de ser EU, sei que todo dia é um novo dia, a fase que vou estar é de menos o importante é ter vontade de viver todos os dias como se fosse o ultimo!!!













Acho que eu desiste da pessoa errada.
Que era a certa.
Parece confuso... 
Imagine como a minha cabeça esta!!!






O passado não reconhece o seu lugar.
E esta sempre presente.

Mario Quintana

O próprio Jesus condenou a igreja de sua época e falou que aquele que ensina tradições humanas em vez de ensinar o que a palavra do seu pai manda é hipócrita e que sua adoração é vã. Mateus 15:7-9.


Realmente Fernão de Magalhães,tinha razão,pois em nome da igreja foram cometidos os crimes hediondos contra a humanidade,como a Santa Inquisição, a queima de homens e mulheres por não concordar com os ensinos contra a Bíblia Sagrada.A bíblia não é um livro científico,mas a verdadeira ciência a usa como porta de entrada para suas descobertas. E a Bíblia Sagrada fala em Isaías 40:22, que a terra é um círculo. Fernão e Galileu Galilei,não tinha conhecimento das Escrituras, a igreja sim. Se realmente a estudasse saberia corretamente que ela estava suspensa sobre o nada conforme diz em Jó 26:7, e não criaria a história ridícula que estava nas costa de um ekefante em cima de uma tartaruga marinha. Saberia que todos os rios correm para o mar e que este nunca fica cheio, Eclesiastes 1:7...infelizmente , a igreja que teria que ensinar sobre Deus,acabou por afastar muitas pessoas dele com seus ensinos contraditórios.Chamo atenção aqui para a VERACIDADE da bíblia Sagrada como palavra do Criador.Quando essas coisas foram escritas não tinha como se ver sua comprovação..isso mostra que realmente a bíblia é a palavra de Deus.Mas, infelizmente a igreja tornou-se um meio de lucro,onde se enriquece as custas do povo.a igreja hoje é um comércio de milagres,musicas e oração.
Não temos que acreditar na igreja..temos que acreditar na bíblia sagrada,estuda-la,conhecer a mente do seu e nosso Criador. O próprio Jesus condenou a igreja de sua época e falou que aquele que ensina tradições humanas em vez de ensinar o que a palavra do seu pai manda é hipócrita e que sua adoração é vã. Mateus 15:7-9.
 Então antes de colocar as palavras da igreja como lema em nossas vidas..temos que ver sua veracidade à luz bíblica.





É só um temporal, vai passar!









Está se aproximando o Natal e tem muita gente preocupada com festas, mas a verdeira preocupação deveria é mesmo ser com as relações familiares, que estão desnorteadas, mas mesmo assim, todo mundo se reúne  coloca uma máscara e finge que se adoram!!!



quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Gosto de parar pra sentir.



Porque é isso: quando sorri, eu tenho a impressão de que apertaram o interruptor que acende o sol, pois tudo clareia ao seu redor. Quando fala, eu tenho a impressão de que toda a vida canta a música bonita que a sua alma diz. Quando silencia, eu tenho a impressão de que todas as coisas adormeceram um pouquinho até você acordá-las outra vez. Porque é isso: quando olha, eu tenho a impressão de que a primavera beijou todos os jardins, pois tudo parece florescer onde os seus olhos descansam. Quando está feliz, eu tenho a impressão de que o mundo inteiro brinca de roda com a sua alegria. Quando está triste, eu tenho a impressão de que todos os passarinhos do planeta estão temporariamente na muda e encolheram seu canto. Porque é isso: quando mostra as suas limitações é que eu vejo ainda mais o seu tamanho. Quando mostra o seu desconcerto é que eu vejo ainda mais a sua força. Quando mostra as suas dores é que eu vejo ainda mais a sua vitória. Quando mostra os seus medos é que eu vejo ainda mais a sua coragem. Quando mostra as suas sombras é que eu vejo ainda mais o seu lume. Porque é isso: o amor, primeiro, é toque na pele arrepiada de encanto que reveste a alma.
 Depois, sopra o seu arrepio pra pele encantada que reveste o corpo. Então, acontece o milagre do corpo e da alma se encontrarem, se abraçarem, e se misturarem num encanto só. Eu sento na beira da praia dos seus olhos, incontáveis vezes, perto ou longe de você, só pra apreciar de novo. Porque o amor é isso também: essa admiração que não cansa de se reinventar a cada onda.

Ana Jácomo.

A força do silencio




Pra que tanta inteligência? Por que que tanta emoção?
Qualquer coisa em excesso faz sucesso meu irmão
Tanta gente com certeza, quanta gente sem noção
Em excesso até o fracasso faz sucesso por aí
E eu tenho fé na força do silêncio

Se as cores vão berrando no Sol ensurdecedor
Fecho os olhos, outro mundo, vou morar no interior
Transbordou a mesa ao lado um tsunami arrasador
Fecho os olho, outro mundo, vou morar no interior
E eu tenho fé na força do silêncio

A fé que me faz aceitar o tempo
Muito além dos jornais
E assim mergulhar no escuro
Pular o muro pra onda passar

Vi um punk na farmácia atrás de protetor solar
Baile funk no plenário, ambulância quer passar
Futebol, mesa-redonda, exorcista, camelô
A onda agora é outra onda um tsunami arrasador
E eu tenho fé na força do silêncio

A fé que me faz aceitar o tempo
Muito além dos jornais
E assim mergulhar no escuro
Pular o muro pra onda passar

Pouca Vogal





Vamos falar mais baixo, 
vamos parar para escutar o que a vida diz.

Estou por um fio


Pra onde foi a coragem do meu coração?
Li semana passada algo que dizia assim: "quem não tem aonde ir precisa descobrir a graça de ficar". E, que triste, eu perdi a graça! Perdi a graça de viver assim, somente por viver. É triste uma vida que só é feliz na sexta-feira ou no feriado. É coisa muito triste fazer de conta que se está vivo ou se é feliz. Passo a vida apenas querendo dormir e acordar numa vida maravilhosa. O que era raro ficou comum. Como um dia depois do outro. Tenho nem mais ânimo pra retirar os sonhos antigos da gaveta. Parece que eles mofaram. Tento fazer escolhas melhores, mas acabo caindo no mesmo abismo. Cada escolha é um dilema. Até tento racionalizar as coisas, mas eu sempre fui muito, toda coração, e me acabo toda quando algo em que boto alma não dá certo. Sou teimosa. Tô precisada que só de melhoria, de carinho, e as circunstâncias não ajudam, eu não me ajudo, e aí é o fim do mundo mesmo, não tem jeito. Perdi as contas de quantas vezes meu mundo já acabou! Precisando me dar folga. Corpo cansado, mente cansada. Não tenho tido tempo nem de sentir saudade. Sinto imensa saudade do tempo em que eu tinha tempo... Ando cansada de estar cansada! Sabe aquela sensação de que não vai dar pra fazer tudo no mesmo dia nem que ele dure um ano? A sensação é que daqui onde estou já não dá pra voltar. Estou por um fio. Mas sempre há um pouco mais. A vida nunca nos deixa em paz, ela sempre pede um pouco mais. Por pior ou mais estranho que pareça, dizem que é pro nosso bem. E ela também sempre promete um pouco mais, mas já tô cansada também de esperar por esse novo pedaço de vida que nunca chega. A gente cansa.