Eu não pensei esse ano, eu vivi.
Vivi um grande amor.
E eu chorei de dor de sair da minha bolha
interna.
Eu chorei o nosso medo de não sermos o que
sonhamos. Eu chorei o medo que eu tenho de não ser quem você quer e o medo que
eu tenho de ser exatamente o que você quer.
Eu chorei porque precisava de colo, porque precisava te mostrar a minha fragilidade escondida no meu mau-humor. Eu chorei de birra
Eu chorei porque precisava de colo, porque precisava te mostrar a minha fragilidade escondida no meu mau-humor. Eu chorei de birra
Eu chorei porque eu te amo mas eu não sei amar.
Eu chorei porque eu sempre canso de tudo e tudo sempre cansa de mim. Chorei de
cansaço profundo de sempre cansar de tudo e tudo sempre cansar de mim. Chorei de apego ao cheiro do novo e
principalmente de melancolia pelo cheiro do velho. E chorei porque tudo
envelhece com novos cheiros e a vida nunca volta. Eu chorei de pavor da rotina,
de pavor do fim, de pavor de sair da rotina e começar outros fins.
“Não sou sempre flor. As vezes espinho me
define melhor. Mas só espeto os dedos de quem acha que me tem nas mãos.’